segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Marcas do Deserto


Quando o deserto parece tão seco quanto uma alma cansada de tanto chorar...

Quando a flor murcha ferida pelo sol e cansada de tanto a chuva esperar

Quando as palavras não conseguem sair, as lágrimas secam e o ar parece faltar...

Quando tudo o que os olhos vêem são rachaduras num solo árido e marcas...

Marcas de dor, sofrimento...

As palavras fogem...
A boca seca...

O olhar se perde...

A lágrima seca...
A força acaba...

A alma seca...

Há um rio cujas águas fluem vida...


Lençóis freáticos correm em algum lugar abaixo de almas áridas e de solos secos, que de tanto chorar...
Perdem-se de si mesmos e esvaziam-se de vida...

Há um lugar no deserto onde há nova vida...

Onde a flor pode brotar...

Onde se pode saciar a sede...

Onde se pode reencontrar...

Lugar de se conhecer...

De se auto-examinar...

De hidratar a alma...

De crescer...
E voltar a sonhar...

No deserto que podemos nos conhecer por dentro...
Reconhecer defeitos, desvendar mentiras que foram semeadas e arrancar as raízes da amargura...

O sofrimento nos apresenta a nós mesmos e as lágrimas regam os solos de almas áridas para que nasça...

NOVA VIDA!

No deserto me reencontrei

No deserto aprendi de mim

No deserto desejei vida

No deserto desvendei o único que podia resgatar meus sonhos e reavivar minha alma!

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